Morar fora do país tem se tornando um objetivo de um número cada vez maior de brasileiros, movidos por alguns fatores:
- Situação econômica do país, que dificulta os investimentos e ascensão de carreira.
- Segurança, tem sido um motivador para muitas pessoas.
- Busca de mais vivência e conhecimentos culturais, através de intercâmbios.
- Ganho de bagagem profissional.
Independente do objetivo, é importante que a pessoa tenha ciência de que ele pode ser alcançado, mas o caminho pode ser muito diferente do que muitos imaginam quando estão no Brasil.
Se você está pensando em morar fora do país, veja o que você pode enfrentar.
01 – Não há uma série de serviços comuns no Brasil
Um dos primeiros choques para quem vai para a América do Norte e Europa, principalmente, é não existir uma série de atividades rotineiras para boa parte da classe média, em especial as famílias:
- Empregada doméstica, faxineira, passadeira, muitas vezes uma pessoa executando todas essas tarefas;
- Empacotadores de supermercado;
- Frentista;
- Manicure e pedicure;
- Porteiro;
E uma série de outras facilidades. O preço para ter é sempre alto, e com oferta baixa. Isso explica muito porque as pessoas se espantam pelos nativos serem muito mais caseiros que a visão muita cultura dá a entender.
É uma outra realidade onde as pessoas devem (re)aprender rotinas sem que isso represente uma decadência, até porque não representa para os nativos.
02 – País rico é diferente de povo rico
Esta é uma realidade, sem que isso seja necessariamente ruim; a desigualdade social existe menor escala que o Brasil na maioria dos países europeus, por exemplo , mas nenhum país terá oportunidades de riqueza para todos os seus habitantes.
Isso quebra a ideia de que seremos ricos apenas porque o país é rico. Além de ser uma ideia que precisa ser entendida economicamente com muito mais profundidade, milhões de pessoas passam por desafios de classes média e baixa em todos os lugares.
A não ser que a pessoa esteja indo para um emprego de alto nível ou com uma grande reserva financeira, ela passará pelos menos desafios.
03 – Regras existem e são cumpridas
Sim, as exceções podem existir, mas acredite: vai ser muito difícil encontra-las. Porque todos estão acostumados a fazer as coisas de um jeito e vivem bem assim, portanto não há motivo para que um brasileiro faça diferente.
Este é um grande choque para os brasileiros que estão acostumados a chegar atrasados a compromissos, usar de artifícios para ser atendidos mais rápido ou simplesmente não cumprir determinada regra que é muito complicada.
Nesses países, faz-se as coisas da forma como é decidido. Até que mudem a forma.
04 – Existe o choque de hábitos
Esse é o exercício diário que começa no item 3 – as regras que são cumpridas – e se espalha por vários aspectos do dia a dia.
A forma de cumprimentar, de comparecer a eventos, funcionamento de comércio, o nível de relacionamento com vizinhos, os rituais de diversão (ou a simples falta deles), tudo acontece de forma rápida, testando a resistência de um povo latino e acostumado com um excesso de contato físico e cordialidade.
Com o tempo, tudo se encaixa da melhor forma, quando entendemos que é um outro jeito de viver cada aspecto e necessidade da vida e que estamos inseridos nele.
05 – O exercício diário do idioma
Se considerarmos que nem em Portugal um brasileiro pode se sentir em casa em termos de idioma, o desafio de comunicação nos demais países é muito grande, e é importante se preparar bastante antes de morar fora do Brasil.
O Inglês é um idioma universal, então a fluência nele pode melhorar bastante a experiência em diversos países onde a fluência nele é uma realidade para a maioria das pessoas.Com essas dicas e visões da vida de um brasileiro fora do país, você pode ser bem sucedido na experiência de um intercâmbio, por exemplo, e ganhar muita vivência e bagagem cultural para a vida.